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Saiba o que é a Semana do Nunca Mais e a 1ª sessão da Comissão da Anistia sob Lula

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania realiza, entre os dias 24 de março e 2 de abril, iniciativas sobre luta pela democracia e justiça social, com agendas de repúdio ao autoritarismo e ao extremismo. O principal evento é a “Semana do Nunca Mais – Memória Restaurada, Democracia Viva”, que terá início no dia 27 de março.

Haverá diversos atos, como audiências — com a presença do ministro Silvio Almeida — com mais de 150 familiares de pessoas mortas e desaparecidas na ditadura, no dia 28 de março, e com anistiados políticos, no dia 29. A campanha inclui um selo (veja abaixo) e a criação de uma hashtag, a #semanadonuncamais.

Selo da Semana do Nunca Mais
Selo da Semana do Nunca Mais / Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

 

Além disso, as redes sociais ministério publicaram uma declaração de Silvio Almeida em posicionamento a respeito de golpes militares sofridos por países latino-americanos no século passado e uma série de agendas contra os regimes antidemocráticos.

No dia 2 de abril, finalizando a Semana do Nunca Mais, o ministro participará da Caminhada do Silêncio, em São Paulo, a partir das 16h. Intitulado 3ª Caminhada do Silêncio, o ato ocorrerá no Parque Ibirapuera e proximidades.

Comissão de Anistia

No dia 23 de março, o regimento interno da Comissão de Anistia, que luta pela reparação histórica de perseguidos pela Ditadura Militar, foi publicado. A primeira sessão do colegiado em 2023 será no dia 30 de março.

Esse é um órgão de assessoramento direto ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania. Seu objetivo é analisar os requerimentos de anistia que tenham “comprovação inequívoca dos fatos relativos à perseguição sofrida, de caráter exclusivamente político”, além de emitir “parecer opinativo sobre os requerimentos”.

Conforme explica o governo, os requerimentos são analisados de acordo com a ordem cronológica de protocolo e observando requisitos específicos de prioridade como idade, doença, desemprego e renda inferior a cinco salários mínimos.

A presidente da comissão atualmente é a professora Eneá de Stutz e Almeida. “Quem foi vítima de perseguição por meio do Estado, sobretudo, anseia por ouvir de quem o violou em seus direitos humanos uma declaração de reconhecimento do erro. Acima de tudo, a reparação simbólica pela reparação do Estado brasileiro diante dos abusos autoritaristas é insubstituível”, declara.

Segundo o governo federal, de 2019 a 2022, do total de 4.285 processos julgados, 4.081 foram indeferidos, ou seja, 95% dos casos apreciados pela Comissão de Anistia foram negados. A administração pública, atualmente, visa mudar este cenário.

Outra medida que será adotada nos próximos dias através de um decreto presidencial é o reestabelecimento da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

Veja a programação da Semana do Nunca Mais

Segunda-feira (27 de março)

  • Ato na ponte Honestino Guimarães
  • Horário: 11h30
  • Local: Setor de Clubes Sul, em Brasília (DF)

Terça-feira (28 de março)

  • Audiência com familiares de pessoas mortas e desaparecidas
  • Horário: das 10h às 12h
  • Local: Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios

Quarta-feira (29 de março)

  • Audiência com Anistiados Políticos
  • Horário: das 10h às 12h
  • Local: Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios
  • Transmissão ao vivo: @mdhcbrasil

Quinta-feira (30 de março)

  • 1ª Sessão da Comissão de Anistia em 2023
  • Horário: das 9h às 13h
  • Local: Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios
  • Transmissão ao vivo: @mdhcbrasil

Domingo (2 de abril)

  • 3ª Caminhada do Silêncio em São Paulo
  • Horário: 16h
  • Local: Parque do Ibirapuera

*publicado por Tiago Tortella, da CNN