O advogado de defesa do ex-presidente Donald Trump, Evan Corcoran, deve testemunhar na sexta-feira (24) perante o grande júri que investiga o manuseio de documentos confidenciais encontrados em Mar-a-Lago, após uma nova ordem de um tribunal federal de apelações, disse à CNN uma fonte familiarizada com o assunto.
O Tribunal de Apelações de Washington, nos EUA, disse que Corcoran deve fornecer testemunho adicional e entregar documentos sobre o ex-presidente como parte da investigação criminal sobre o possível manuseio incorreto de documentos confidenciais.
A fonte disse que é improvável que Trump recorra à Suprema Corte.
Em resposta à decisão, um porta-voz de Trump disse, em parte, que “não há base factual ou legal ou substância para qualquer caso contra o presidente Trump” e que “os promotores só atacam advogados quando não têm nenhum caso”.
O anúncio do júri de três juízes no tribunal de apelação – menos de um dia depois que Trump tentou colocar o testemunho de Corcoran em espera – acrescenta impulso à investigação do conselho especial, pois busca obter evidências que possam abrir ou quebrar um processo criminal federal contra Trump.
O Departamento de Justiça argumentou com sucesso no tribunal que os promotores têm evidências suficientes de que as interações de Trump com o advogado fizeram parte de um possível crime que podem furar a confidencialidade das conversas entre os dois.
Os documentos em questão no caso são notas manuscritas de Corcoran e notas verbais transcritas, sobre sua representação de Trump na investigação de Mar-a-Lago, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.
Corcoran testemunhou anteriormente e se recusou a responder a algumas perguntas, citando o privilégio advogado-cliente. Os promotores também estão buscando acesso às anotações do advogado.
Não se sabe totalmente o que o testemunho e os documentos de Corcoran revelariam.
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