O desemprego no país ficou estável no trimestre encerrado em janeiro deste ano. A taxa de desocupação no período atingiu 8,4%, representando uma estabilidade na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro de 2022, quando ficou em 8,3%.
O percentual é o menor para o período de novembro a janeiro desde 2015. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve queda de 2,9%.
Os dados são da PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.
O levantamento mostra que 9 milhões de pessoas estavam desempregadas entre novembro e dezembro de 2022 e janeiro deste ano, mesmo número do trimestre terminado em outubro. Na comparação anual, quando havia 12 milhões de trabalhadores desempregados, a queda foi de 3 milhões de pessoas.
Dona Erivana Bandeira, de 41 anos, está entre esses 9 milhões de desempregados. Ela é do Maranhão, vive em Brasília há mais de 20 anos e contou que há sete meses procura trabalho, mas sem sucesso. A estudante universitária de Publicidade, Tayná Mendes, de 20 anos, disse que está muito difícil encontrar emprego.
O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 56,7%. Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,6 milhões, o que representa uma queda de 1 milhão de pessoas em relação ao trimestre terminado em outubro.
Quanto aos desalentados, aqueles que querem trabalhar, mas desistiram de procurar emprego, eram 4 milhões no trimestre terminado em janeiro. Houve redução de 5,3%, ou 220 mil pessoas, em relação ao trimestre terminado em outubro de 2022.
O rendimento real recebido pelo trabalhador cresceu 1,6% no trimestre terminado em janeiro, para R$ 2.835, e 7,7% na comparação anual.