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A justiça mantém júri popular de Wendel Silva Acusado de matar duas ex-companheiras no MA

No último caso, Joanilde Rodrigues Paulino Guajajara, de 33 anos, foi morta a golpes de faca dentro de casa, na frente de duas crianças.

Wendel Silva, acusado de matar duas ex-companheiras no Maranhão, terá seu caso levado a júri popular. A decisão foi mantida pela Justiça, reforçando que o acusado será julgado por um tribunal do júri, composto por cidadãos comuns, o que é comum em casos de crimes contra a vida, como homicídios.

Wendel é acusado de assassinar duas mulheres com quem manteve relacionamentos anteriores, e o caso gerou grande comoção social na região. A manutenção do júri popular é um passo importante no andamento do processo judicial, permitindo que a comunidade participe diretamente na decisão sobre a culpabilidade do réu.

Entendam:

A decisão do júri popular se trata do caso que aconteceu do assassinato de Carla Tayra Sousa de Oliveira, de 19 anos, em 2021, na cidade de Imperatriz. Ela foi covardemente morta a facadas e Wendel teve uma pena curta de apenas 6 meses, depois disso ganhou liberdade condicional.

Em junho deste ano, no entanto, a juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré, que respondia pela 2ª Vara Criminal de Imperatriz, aceitou a denúncia do Ministério Público que acusou Wendel de ter matado Carla por não aceitar o fim do relacionamento.

Na decisão, foi decidido que Wendel vai para júri popular por feminicídio qualificado, por motivo brutal e fútil. Até o momento não foi decidido o agendamento

Segundo Crime

Segundo relatos na época do crime contra Carla, Wendel já namorava Joanilde Paulino Guajajara, que tinha 33 anos e trabalhava como técnica de enfermagem no Centro de Parto Normal da Secretaria de Saúde de Amarante do Maranhão.

Porém, recentemente foram registrados diversos casos de agressão física de Joanilde, de acordo com informação colhidas pelo o irmão da vítima, que é o cacique da Aldeia Guaruru, pois o cabelo dela estava curto devido o corte que ele fazia com faca.

“Ele cortou o cabelo dela, agredia, por muitas vezes falávamos para ela se afastar dele, era o que mais a gente queria para evitar esse tipo de tragédia “, afirmou o cacique .

Apesar dos avisos, na noite da última quarta-feira (21), em Amarante do Maranhão, Wendel teria assassinado Joanilde a golpes de faca, dentro de casa, na frente dos dois filhos dela, no bairro Industrial.

O pai que encontrou o corpo de Joanilde , com marcas de tortura, toda amarrada. Apos o cometer o crime, fugiu do local, mas foi localizado e preso no Povoado Piripiri, entre as cidades de Amarante e Grajaú.

No momento da captura, a polícia afirma que Wendel reagiu à prisão e acabou baleado. Ele foi internado no Hospital Municipal de Imperatriz e depois deve ser levado para a Audiência de Custódia.

“Ele estava pilotando uma moto roubada e portando uma faca. Durante a abordagem, ele não obedeceu à ordem de parada e avançou contra os policiais, que realizaram disparos de advertência. O suspeito continuou seu avanço e foi alvejado no calcanhar esquerdo, resultando em sua rendição imediata”, declarou o delegado Emerson Felipe, titular da Delegacia de Amarante, que conduz as investigações.

Com a prisão de Wendel Machado, a Delegacia de Amarante do Maranhão, que investiga o caso, tem 10 dias para concluir a investigação e enviar o inquérito policial ao poder judiciário e ao Ministério Público.

Ministra dos Povos Indígenas lamenta sobre o caso

A ministra dos Povos Indígenas, a maranhense Sônia Guajajara, se manifestou na tarde dessa quinta-feira (22), sobre o feminicídio de Joanilde Guajajara.

Por meio das redes sociais, a ministra destacou ter recebido com “profunda tristeza e revolta” a notícia da morte da técnica de enfermagem, que era do Território Indígena Arariboia, e foi morta pelo próprio marido.

Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara

Sônia Guajajara destacou que a vítima era indígena e técnica de enfermagem e que é mais uma vítima de feminicídio no Brasil.