
A ampliação da área de influência da hidrelétrica de Itaipu no lado brasileiro recebeu projetos socioambientais e de infraestrutura passando de 55 municípios para 434, levando o gasto para cerca de R$1 bilhão. O recurso é oriundo da quitação da dívida de construção da hidrelétrica, que deveria ser usado para baratear a conta de luz, mas é usado para turbinar projetos do governo, revela o jornal Folha de São Paulo.
O Brasil e o Paraguai por meio de um acordo dividem a energia meio a meio. Como os paraguaios não consomem toda a sua parte, vendem para o Brasil. Então cerca de 85% do pagamento da tarifa sai do bolso do povo brasileiro. Distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são obrigadas a comprar a energia.
A obrigatoriedade foi estabelecida para garantir a quitação da bilionária dívida contraída para a construção da hidrelétrica. No entanto, a dívida foi liquidada em março deste ano, seguindo o tratado binacional, o valor correspondente a esse custo simplesmente deveria ser extinto na tarifa de energia da conta dos brasileiros. O que não foi feito integralmente.
Estudo realizado na gestão passada mostra que, com o fim da dívida, o custo de geração da energia de Itaipu deveria ter caído para algo entre R$ 43,63 a R$ 48,50 por kilowatt. A gestão de Bolsonaro fixou para este ano o valor de R$ 61,42, mas sem negociar com os paraguaios. A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu e fechou com o parceiro em R$81.