A EBC, Empresa Brasil de Comunicação, recebeu na noite desta terça-feira (29), em São Paulo, dois prêmios no 46º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Este ano, das sete categorias do Herzog, a EBC venceu em duas: fotografia e vídeo.
A cerimônia de entrega de um dos mais importantes prêmios de jornalismo do país aconteceu no teatro da Puc de São Paulo.
Para quem nunca ouviu falar, o prêmio é uma das mais importantes honrarias do campo jornalístico no Brasil. Ele reconhece os melhores trabalhos de jornalistas, repórteres fotográficos e artistas do traço que se dedicam a defender a democracia, a paz, a justiça e os direitos humanos.
Este ano, das sete categorias do Prêmio Herzog, a EBC venceu na categoria vídeo, com a reportagem “Inocentes na prisão”, feita pelo programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil. A matéria premiada denuncia as injustas prisões, principalmente de jovens negros, acusados de crimes que não cometeram.
A jornalista Ana Passos, que faz parte da equipe da TV Brasil responsável pela reportagem premiada, destaca a apuração rigorosa, a edição sensível e o esforço coletivo de fazer uma comunicação pública de qualidade.
Fotografia premiada: São Paulo (SP), 18/01/2023 – Manifestação no centro da cidade contra o aumento das tarifas do metrô,passe livre, CPTM e EMTU e contra as privatizações do governo Tarcísio. Policiais no Metro Republicas detém um cidadão. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil
Na categoria fotografia, quem leva o Herzog deste ano é o trabalho do repórter fotográfico Paulo Pinto da Agência Brasil, em São Paulo. A fotografia dele foi publicada na reportagem Passe Livre sobre a manifestação em São Paulo contra o aumento da tarifa, assinada pelo jornalista Bruno Bocchini.
Há 44 anos no fotojornalismo brasileiro, Pepê, como é mais conhecido, fala da honra que é receber um Herzog como forma de reconhecimento aos jornalistas brasileiros leais na defesa dos direitos humanos.
Desde a sua primeira edição, concedida em 1979, o prêmio celebra a vida e obra do jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado pela ditadura civil-militar em 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo. Por isso, a entrega da premiação acontece todos anos, na última semana de outubro.