RJ: território da Pequena África vai receber recursos do BNDES

Uma injeção de recursos vai ajudar a fortalecer instituições de memória do território da Pequena África, na região central da cidade do Rio de Janeiro. No local, fica o sítio arqueológico Cais do Valongo, Patrimônio Cultural Mundial da Unesco, e principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil.

O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, assinou um contrato de financiamento, de R$ 10 milhões, com uma coalização de organizações negras, para realizar projetos na área, que abrange os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, cuja população é majoritariamente negra.

Foi vencedor o consórcio formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, a empresa PretaHub – promotora de cultura e empreendedorismo –  e pela Diaspora.Black, especializada em turismo com foco na cultura negra.

O Pojeto “Viva Pequena África” faz parte de um plano de ação do BNDES, em reconhecimento ao sítio do Cais do Valongo. A expectativa é dobrar esse primeiro aporte, com os outros R$ 10 milhões sendo captados junto a doadores.

Durante assinatura do contrato, na sede do banco, no Rio de Janeiro, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reconheceu a importância da preservação da memória afro-brasileira.

O território da Pequena África também está inserido em estudo estruturado pela Área de Soluções para Cidades do BNDES, e inclui, entre outras, a revitalização do Centro Cultural José Bonifácio, do Cemitério dos Pretos Novos, Jardins do Valongo, Largo do Depósito e Pedra do Sal, todos na Pequena África.

*Com informações da Agência Brasil