Foi atendida a reivindicação dos moradores do bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre, um dos mais afetados pelas cheias. Nesta terça-feira (29) começou a funcionar uma bomba para drenar a água ainda acumulada.
O equipamento, cedido pela Sabesp, a companhia de Saneamento de São Paulo, é mantido por uma estrutura flutuante, conectada por um cano que bombeia a água por baixo da rodovia até o lago Guaíba.
Essa é a quarta bomba da Sabesp instalada pela prefeitura da capital, que tem outras três em funcionamento no bairro Sarandi, também na zona norte.
O alagamento persistente na região norte da capital gaúcha motivou um protesto de moradores na segunda-feira. Eles bloquearam a rodovia Freeway, uma das principais do estado.
Nessa terça-feira, o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, informou que outras bombas de água estão chegando. Ele anunciou que, a partir de agora, as prefeituras podem solicitar o equipamento diretamente de fornecedores, como parte da situação de emergência.
Outra iniciativa anunciada para o estado é a captação de áreas inundadas por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O objetivo é identificar bairros e pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul que têm o direito ao auxílio reconstrução.
Menos desaparecidos
Também foi anunciado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional a criação do Grupo de Trabalho Estudos de Cheias no Rio Grande do Sul. A ideia é aperfeiçoar o planejamento e a segurança de infraestruturas, visando reduzir efeitos de novas cheias.
Atualizando os dados da Defesa Civil, há menos desaparecidos no estado. Ontem foram localizadas mais 12 pessoas. Agora restam 44 ainda não encontradas.
E nas últimas 12 horas, mais 17 pessoas e seis animais foram resgatados. O número de mortes permanece em 169.