RS: desabrigados enfrentam atrasos para receber Auxílio Reconstrução

 A falta de estrutura física, tecnologia e de funcionários está travando o cadastro de famílias que precisam receber o auxílio reconstrução de R$ 5.100, dizem os municípios gaúchos.

Segundo o coordenador-geral da FAMURS, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, professor Nado, muitas prefeituras não têm nem computadores:

“Alguns não estão tendo acesso até mesmo a computador. Nós temos prefeituras que não existem mais. A estrutura de Roca Sales, a estrutura de Mussum, de Eldorado do Sul, Cruzeiro do Sul… Esses municípios, pra citar alguns, não tem nem sede mais.”

A exceção é Canoas, que tem a empresa pública municipal CanoasTec. Dos 44 mil cadastros aprovados na primeira semana para receber o auxílio, 42 mil são de lá.

O professor Nado explica que junto com a empresa pública, a FAMURS vai disponibilizar um sistema que usa dados, como o CEP, para identificar pessoas com casas alagadas e agilizar o cadastro dos atingidos:

“A partir desse CEP, nós também vamos poder chegar mais facilmente ao cidadão, entende? Tentando cruzar dados para poder facilitar o cadastro dele e para ele requerer todos os direitos que são possíveis, especialmente o Auxílio Reconstrução.”

A Prefeitura de Porto Alegre enviou nesta terça-feira (28) os primeiros cadastros. São dados de 24.500 famílias.

Num dos abrigos da cidade, Carlos Henrique da Silva é um dos porto-alegrenses que esperam:

“A minha perspectiva é que entre logo esse auxílio, qualquer um deles, ou que é para reconstrução, ou o municipal…”

O Rio Grande do Sul teve 469 cidades afetadas pela tragédia climática.