25% de toda a população que está em abrigos no Rio Grande do Sul é composta por crianças e adolescentes, segundo o Unicef, que é o Fundo das Nações Unidas para a Infância. Isso representa um universo de cerca de vinte mil pessoas nos 700 abrigos temporários montados. Os números variam a cada dia e essa é, também, uma das dificuldades em se fazer esse mapeamento para implementar ações de cuidado e proteção.
Aumento da segurança para evitar violência física e sexual e a criação de abrigos exclusivos para mulheres, crianças e adolescentes são algumas das medidas tomadas. Mas, neste momento, é preciso também pensar na assistência psicológica dessas pessoas. Especialmente das crianças. O alerta é da representante adjunta aqui no Brasil do UNICEF, Denise Stuckenbruck, que lembra que muitas foram separadas dos responsáveis na hora do resgate.
A tentativa também é para dar dignidade à estadia dessas crianças e jovens nos abrigos. Distribuição de kits com livros e brinquedos ou com itens de higiene como absorventes ou de cuidado com os bebês já está sendo feita. Porque, como afirmou a representante do Unicef, a população nos abrigos vai variar, mas a estadia deverá ser longa, tendo em vista que o nível das águas ainda não baixou o suficiente.