Em relatório divulgado nesta sexta-feira, a Defesa Civil de Alagoas informa que o afundamento do solo sobre a mina da Braskem é de 2,06 metros de profundidade, se mantendo o afundamento diário acima dos 5cm. O relatório aponta não haver estabilização do solo no bairro Mutange, em Maceió, e também há insegurança de prédios de bairros vizinhos. A principal recomendação é para que a população não transite na área desocupada.
Técnicos do Ministério de Minas e Energia, do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Mineração, que compõem a sala de situação do governo federal, continuam na capital alagoana para análises diárias a partir dos dados sísmicos da área afetada obtidos pelas Defesas Civis estadual e municipal e pela petroquímica Braskem, que acompanham o local em tempo integral.
O Ministério Público do Estado de Alagoas criou um link especial dentro do site do próprio MP, onde é possível encontrar todas as informações sobre o trabalho desenvolvido pelos promotores de Justiça. No endereço mpal.mp.br, é possível encontrar as iniciativas desenvolvidas em conjunto com o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública de Alagoas, além das ações ajuizadas e acordos formalizados.
Na próxima segunda-feira, às 9 horas da manhã, está prevista uma reunião do governador Paulo Dantas com os moradores das comunidades Flexal de Baixo e Flexal de Cima, localizadas em Bebedouro, bairro vizinho ao Mutange, sobre o caso Braskem.
Um dos pontos da reunião é sobre o risco em relação às moradias, que não está totalmente descartado. Houve inclusive recomendação da Defesa Civil para que os moradores deixassem suas casas no final de novembro. Os moradores dos Flexais já cobram a realocação desde que a desocupação foi iniciada em 2019, mas segundo relatos, a resposta do poder público era de que a região não seria afetada diretamente pela mineração da Braskem.