O nível do afundamento sobre a mina em Maceió, que corre risco de colapsar, já soma 2 metros, segundo informações desta quinta-feira, da Defesa Civil municipal. Somente nas últimas 24 horas, a terra cedeu 6 cm.
Drones do Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, registraram imagens que mostram a água da lagoa Mundaú avançando sobre a margem, consequência do constante afundamento do solo.
Essa situação, provocada pelos problemas na mina da Braskem, fez com que a capital alagoana fosse autorizada a tomar empréstimo de US$ 40 milhões do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata, do qual fazem parte Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. A permissão foi aprovada pelo Senado Federal nesta quarta-feira.
De acordo com o relator da medida, o senador Rodrigo Cunha, do Podemos, de Alagoas, os recursos são para a prevenção de catástrofes e para a estabilização de encostas.
Na manhã desta quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que as últimas residências sobre a área de risco já estão desocupadas.
Desde o fim de novembro, a capital alagoana está em estado de emergência por causa do risco de colapso na mina 18 da petroquímica Braskem. Até 2019, a empresa fazia a extração de sal-gema de outros 34 poços na cidade.
Nesta quarta-feira, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas determinou que a Braskem crie uma Reserva Particular do Patrimônio Natural. A empresa deve apresentar uma proposta de criação dessa unidade de conservação para análise e aprovação.
E a Câmara de Vereadores de Maceió também aprovou a isenção do IPTU, até 2028, para moradores e empresas afetadas. O direito vale para os atingidos no novo local onde passaram a morar. Em nota recente para a imprensa, a Braskem informou que vem compartilhando com autoridades o monitoramento da situação, feito 24 horas por dia.