Quase 90% das cidades de SP não atuaram após alerta em áreas de risco

Análise do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo mostra que no ano passado, 88% dos municípios paulistas não mobilizaram as equipes de defesa civil para retirada da população em áreas de risco quando alertas foram emitidos. Os dados foram apresentados nesta semana pelo Tribunal.

Ainda de acordo com o relatório, mais de 63% dos municípios solicitam mais treinamentos de simulação de desastres por parte do governo estadual e 28% consideraram que os alertas emitidos pela Coordenadoria de Prevenção de Desastres, do governo estadual, careciam de mais especificidades sobre a localidade do alerta.

O relatório também mostrou que mais de 70% das cidades não criaram núcleos de  proteção e defesa civil para comunidades em risco e destas, 57% afirmam que não receberam incentivos do governo do estado para a sua criação.

Por fim, o relatório também revelou que de 2011 a 2022, dos cerca de R$ 10 bilhões que eram para ser investidos em prevenção de desastres, foram efetivamente gastos R$ 6 bilhões, o que, de acordo com o relator, mostra descontinuidade e falhas na execução dos projetos de prevenção de desastres naturais.

O relatório, de autoria do conselheiro Antonio Roque Citadini foi encaminhado para o Governo do Estado que terá prazo de 15 dias para prestar esclarecimentos.

Procurado para comentar, o governo do estado de São Paulo não retornou até o fechamento desta matéria