Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas
Assista à entrevista na íntegra
Uma iniciativa do Centro Universitário UNDB, em São Luís, vem chamando atenção para a importância da doação de sangue e medula óssea. Para falar mais sobre o Trote Solidário, o programa “Café com Notícias” desta sexta-feira (1º), recebeu a estudante Ana Valéria Froz, presidente do Centro Acadêmico do curso de Medicina da UNDB, que trouxe mais detalhes sobre o projeto.
Durante a entrevista, a estudante pontuou que os trotes estudantis possuem um histórico de violência e humilhações para os alunos que estão chegando na faculdade. Nesse sentido, o objeto do projeto seria ressignificar essa prática, utilizando-a para um bem maior, que seria o incentivo para a doação de sangue e medula óssea. “Decidimos fazer uma coisa diferente que foi a nossa campanha de doação de sangue. A primeira edição foi em 2022 e, agora, já estamos na nossa terceira edição”, disse a estudante.
Ela afirmou que, no início, tinha receio que não houvesse uma adesão da comunidade acadêmica, no entanto, diversos alunos participaram da campanha, não apenas do curso de medicina, mas também de outras graduações, o que resultou na arrecadação de 80 bolsas de sangue na primeira edição. Já na segunda edição, os estudantes conseguiram arrecadar mais de 112 bolsas de sangue.
A campanha de doação de sangue desenvolvida pelos acadêmicos tem como público-alvo não apenas os estudantes da faculdade, mas toda a sociedade em geral que tem o desejo de fazer a doação de sangue e medula.
Doação
Para doar sangue, é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (com autorização para menores de 18), pesar mais de 50 kg e apresentar sinais vitais adequados. Homens podem doar até quatro vezes ao ano com intervalo mínimo de 60 dias, enquanto mulheres podem doar até três vezes, com intervalo de 90 dias. Também é importante que o doador tenha feito uma refeição leve antes da doação, evitando alimentos gordurosos nas três horas anteriores.
Alguns impedimentos temporários incluem o uso de certos medicamentos, infecções recentes, cirurgias, e algumas vacinas, que exigem um tempo de espera antes da doação. Pessoas com doenças transmissíveis pelo sangue (como hepatite e HIV) ou com condições crônicas não controladas (como hipertensão e diabetes) não podem doar. Além disso, práticas de risco, como relações sexuais sem proteção com múltiplos parceiros ou uso de drogas injetáveis, também podem restringir a doação.
Pessoas que fizeram tatuagens ou piercings recentemente precisam aguardar entre seis meses e um ano, conforme as regras de cada centro de coleta. Cada banco de sangue pode ter orientações específicas, então é importante que o doador verifique com o centro de coleta local ou siga as diretrizes do Ministério da Saúde para estar atualizado sobre todos os critérios.
O programa ‘Café com Notícias’ é apresentado pela jornalista Elda Borges e exibido de segunda a sexta-feira, às 8h30, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).