O outono começa nesta segunda-feira (20) às 18h25, pelo horário de Brasília.
A estação é definida como um momento de transição entre a época mais úmida e quente, do verão, para o período mais frio e seco, do inverno.
Confira as principais previsões para cada região do país para os próximos meses.
Tempo seco no Sudeste
No Sudeste, abril começa com algumas pancadas de chuva típicas de verão, mas no decorrer do mês o tempo seco passa a predominar. Não são esperadas temperaturas muito elevadas, principalmente no interior de São Paulo e Minas Gerais, onde as temperaturas ficam ligeiramente abaixo da média
Massas de ar frio de fraca a moderada intensidade passam pelo Leste da região trazendo quedas de temperatura e inaugurando um padrão típico de outono. Na faixa litorânea de São Paulo e do Rio de Janeiro, alguns eventos de chuva extrema podem ocorrer durante a passagem de frentes frias.
Em maio e junho o tempo seco predomina em toda a região, com dias de muito sol, grande amplitude térmica, que é a diferença entre as temperaturas mínima e máxima registradas em um mesmo dia.
Além disso, são esperadas máximas levemente abaixo da média entre maio e junho no interior de SP e de MG. Chove um pouco acima da média no Sul da região, entre SP e o RJ, mas com predomínio de dias de sol. Massas de ar frio de moderada a forte intensidade podem chegar entre maio e junho, mas as quedas acentuadas de temperatura não serão muito frequentes.
Estação mais quente no Sul
A estação começa com chuvas ainda irregulares no tempo e espaço sobre boa parte da região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, onde abril ainda terá temperaturas acima da média. Em abril, os volumes de chuva aumentam gradualmente sobre a região, e um padrão mais regular deve ocorrer entre maio e junho.
Todos os meses tendem a ser um pouco mais quentes do que o normal no Sul, mas a sazonalidade mantém as temperaturas amenas. São esperadas grandes variações térmicas, com entradas de algumas massas de ar frio de até forte intensidade – principalmente a partir de maio – mas em alternância com temperaturas um pouco mais altas.
Nordeste terá nebulosidade persistente
No Nordeste, chove bastante em abril. Grandes volumes são esperados no Norte da região até maio, com diminuição significativa em junho. As temperaturas, principalmente as máximas, ficam abaixo da média neste período por conta da nebulosidade persistente.
Os distúrbios ondulatórios de leste ficam presentes ao longo da estação e contribuem ativamente para a presença da chuva na costa leste nordestina. Em junho, estes desvios de temperatura diminuem e o calor aumenta sobre a região.
Chuvas diminuem no Centro-Oeste
Conforme as chuvas diminuem, as temperaturas devem aumentar no Centro-Oeste ao longo do outono.
Em abril, ainda ocorrem pancadas de chuva típicas de verão entre o norte de Mato Grosso e Goiás. Na segunda quinzena do mês, predominam os dias de tempo firme. A temperatura fica ligeiramente abaixo da média entre o Leste de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
Em maio e junho o tempo fica firme por toda a região na maior parte dos dias, exceto no Sul e Oeste do Mato Grosso do Sul, que pode chover acima da média neste período devido à chegada de frentes frias.
As quedas de temperatura mais acentuadas podem ocorrer especialmente no Mato Grosso do Sul e Sudoeste de Mato Grosso. No entanto, entradas de ar frio não serão frequentes sobre a região. A temperatura fica acima da média entre maio e junho no Mato Grosso, oeste de Goiás e norte e oeste de Mato Grosso do Sul.
Cheias nos rios da região Norte
O próximo mês será chuvoso no Norte do país, principalmente no Pará e em Tocantins, onde os volumes ficam acima da média. A temperatura acompanha esta tendência, ficando abaixo da média nessas áreas, devido à chuva persistente, mas mantendo uma condição de tempo abafado.
Nas outras áreas, a temperatura sobe no decorrer do outono e fica acima da média no Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre.
Chuvas frequentes da estação elevam o nível dos rios da Bacia Amazônica, provocando as cheias do rios entre junho e julho.
El Niño e a tendência do inverno
Uma mudança nas condições de temperatura, nos próximos meses, pode levar ao possível retorno do fenômeno El Niño, de acordo com a previsão da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Nos últimos três anos, o clima foi influenciado pelo La Niña com padrões de chuvas em diferentes partes do mundo.
A agência da ONU afirma que existe uma probabilidade de 15% do El Niño voltar entre abril e junho. As chances sobem para 35% entre maio e julho. E são de 55% de junho a agosto.
Conhecido como um fenômeno atmosférico, o El Niño causa um aquecimento, fora do normal, das águas do Oceano Pacífico na parte equatorial, o que por sua vez influencia a superfície da água e o clima de outras partes do globo. Já o fenômeno La Niña está relacionado à redução da temperatura das águas do Pacífico também na parte equatorial.
No inverno, o El Niño se consolida e a tendência é de temperaturas um pouco acima da média por quase todo o país, exceto entre o interior de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, regiões sem desvios expressivos, praticamente dentro do normal.
Na região Sul, segue o padrão de grandes oscilações térmicas, devido à entrada de massas de ar frio e de ar mais quente do interior do país. A chuva tende a ficar um pouco acima da média no Sul, além de partes de SP e no Oeste de MS e MT – especialmente em agosto.
No Centro-Oeste e no Norte, temperaturas acima da média e predomínio de tempo seco. A temperatura se eleva e fica um pouco acima da média também no Nordeste.
(Com informações do Climatempo)
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