Sem ciência, não há justiça social. Esta é a espinha dorsal do documento preparado nos debates realizados ao longo do ano pelo mundo científico para levar à Cúpula do G20.
Com o tema Ciência para a Transformação Global, o texto resultou do trabalho de forças-tarefa dedicadas a analisar questões como inteligência artificial, bioeconomia, processo de transição energética, desafios da saúde e justiça social.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos, elogiou os tópicos selecionados e disse que eles dialogam com os temas que sua pasta se envolve no âmbito do G20. Ela destacou os grupos de trabalho criados pela presidência brasileira.
“O grupo de trabalho de pesquisa e inovação, que foi criado neste ano pela nossa presidência brasileira, demonstra a relevância global que damos para as questões da ciência, tecnologia e inovação. Na visão do presidente Lula, não há como o principal fórum de cooperação econômica e para o desenvolvimento internacional prescindir dos temas de pesquisa e inovação. Então, esse é o primeiro grupo: o grupo de trabalho de pesquisa e inovação. O segundo grupo é o grupo de trabalho de economia digital, no qual lideramos o tema da inteligência artificial, e o terceiro grupo é a iniciativa de bioeconomia, na qual somos responsáveis pelos temas de pesquisa e desenvolvimento”.
Criado em 2017, o Science20, ou S20, é o grupo de engajamento para a área de ciência e tecnologia. Formado pelas Academias nacionais de ciências dos países do G20, o grupo promove um diálogo entre a comunidade científica e os formuladores de políticas.
O comunicado final do S20 também manifesta a necessidade de estabelecer regulamentações de Inteligência Artificial. E alerta sobre a importância de criar políticas flexíveis para garantir segurança no emprego e direitos dos trabalhadores, sem deixar de dar espaço para a inovação, necessária ao avanço da economia.