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Autora de Cidade Engolida fala dos impactos das minas da Brasken em AL

As mais de 3 milhões de pessoas que vivem na metrópole alagoana terão que conviver com os problemas decorrentes da exploração de sal-gema, pela empresa Braskem, ainda por muitos anos. Essa é a avaliação da professora Natallya Levino, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas. Natallya pesquisa o tema desde 2019 e organizou o livro “Cidade Engolida”, com uma discussão sobre o afundamento dos bairros pela extração de sal-gema em Maceió, e que foi lançado em agosto, antes da repercussão atual do caso. 

 De acordo com a professora, o afundamento dos bairros é apenas o início de um problema que está causando sobrecarga, em cascata, tanto no trânsito quanto nos serviços públicos do restante da cidade. 

 Natallya Levino destaca também os impactos econômicos do deslocamento de 60 mil pessoas, segundo o governo de Alagoas. 

 Ainda segundo a professora da Faculdade de Economia da UFAL, após o colapso da mina nº 18, as demais minas de sal-gema não deixaram de ser uma preocupação.  

De acordo com a mineradora Braskem, os moradores foram preventivamente realocados das áreas de risco definidas pela Defesa Civil em Maceió, de acordo com o mapa publicado em 2020. Essa e outras ações fazem parte do Programa de Compensação Financeira e constam em acordos assinados com autoridades. Ainda segundo a empresa, o plano para fechamento das minas foi aprovado pela Agência Nacional de Mineração e o movimento atípico do solo se concentrou na área da mina nº 18.