O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse nesta terça-feira (21) que a Rússia continuará com um corte de produção de petróleo de 500.000 barris por dia até o final de junho.
“No momento, a Rússia está perto de atingir a meta de redução – será alcançada nos próximos dias”, disse Novak, referindo-se ao anúncio feito no mês passado de que a Rússia cortaria 500.000 barris por dia de sua produção a partir deste ano.
“De acordo com a situação atual do mercado, a decisão de reduzir voluntariamente a produção em 500.000 bpd será válida até junho de 2023 inclusive”, acrescentou Novak.
Em um comunicado, Novak disse que o mercado global de petróleo está sob pressão sem precedentes, citando embargos de energia ocidentais contra a Rússia e o que ele chamou de tentativas perigosas de limitar o preço do petróleo russo .
O corte unilateral de produção da Rússia se soma a um acordo da Opep+, que agrupa a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, para reduzir a oferta.
Em outubro passado, o grupo concordou com cortes acentuados na produção de 2 milhões de bpd de novembro até o final de 2023, apesar dos pedidos de aumento da produção dos principais consumidores.
Um painel ministerial de alto nível do grupo está programado para se reunir em 3 de abril para discutir as condições do mercado, com uma reunião ministerial completa prevista para 4 de junho.
Os preços do petróleo caíram para mínimas de 15 meses no início desta semana devido aos temores de que a crise bancária possa prejudicar as economias e a demanda por energia. Mas os preços do petróleo se recuperaram desde então – o petróleo dos EUA estava sendo negociado a quase US$ 69 o barril na terça-feira, enquanto o petróleo Brent estava em cerca de US$ 74.
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